segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Kuri - Capítulo três: A Igreja


Após o almoço, Lívia, teve que voltar, ao trabalho, nossa, ela anda tão cansada, posso ver em seu olhar, e eu não posso fazer nada, se ela soubesse que naquele mesmo dia em que sai do hospital, minhas dores, também ficaram lá.
Você já se perguntou porque esta aqui neste mundo?
Tem medo da morte?
–rsrs. Se eu fizesse essas perguntas pra alguém todos me achariam um louco, não entenderiam, porque afinal nem eu mesmo entendo.
Como foi que morri e porque voltei, não sinto dores, nem mesmo frio, as vezes finjo pra que Lívia, não suspeite de nada, mas essas perguntas, deve haver uma resposta.
–A igreja!
–hã.
–isso mesmo que ouviu a igreja é a melhor respostas pra nossas dúvidas, meu amigo e parece que você esta com muitas.
Quem é o senhor? Perguntei aquele homem, cuja barba era grisalha, olhos verdes e cabelos verdes, trajes ridículos.
– Oras, quem sou eu o Padre da igreja, vai me dizer que não se lembra de mim>
–lembrar, o senhor me conhece?
Claro que sim, você é |Robert, o bombeiro.
Não respondi aquele homem, meu nome é Kuri.
Sim, Kuri, entre e lhe explicarei algumas coisas que devem estar lhe atormentando.
Estranhei, aquilo e no começo hesitei...
–oras não me diga que esta com medo?
–sim. –respondi. Fazendo com que aquele estranho soltasse uma forte gargalhada chamando a atenção de todos que passavam na rua naquele momento.
Oras Kuri, se prefere ficar ai fora o problema é seu, mas saiba que posso lhe ajudar em muitas coisas, principalmente, em quem é você? E assim quem sabe lhe poupar algumas noites de pesadelo.
Agradeço senhor, mas como disse deve ser um engano.
Bom, filho, as vezes a verdade bate em nossa porta, mas como ela é dolorida, resolvemos deixar trancada a porta, volte quando estiver pronto.
Ainda não entendi senhor, eu apenas queria fazer uma oração.
Ah, claro. Que inconveniente fui, entre a casa de Deus esta sempre aberta a novos filhos, até mesmo aqueles, que se encontram desenganados, estarei atrás da sacristia, se precisar de mim.
Sim, respondi. Fiz uma pequena oração, ao terminar de fazer o sinal, senti uma forte dor em minha mão direita, e soltei um grande grito de dor.
AAHHH. Algumas pessoas olharam repentinamente para mim, como que me condenando, pois encontravam ajoelhadas como em transe nos momentos íntimos de cada um.
Me virei rapidamente, e fui saindo da igreja, ao longe vi o Padre, sorrindo e acenando para mim, como que alguém me dizendo: até breve!

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